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O mel como ingrediente

Eugênio Basile e sua mulher Márcia trabalham para mudar esse cenário e tirar o estigma de que mel é um produto para ser usado como remédio ou para consumo exclusivo no café da manhã.

E eles estarão na edição 2019 do maior evento de gastronomia de Mato Grosso

Coxipó Assessoria


Apaixonados pelos meles brasileiros e inconformados com o reduzido consumo per capta no Brasil e com o pouco prestígio que o mel tem na gastronomia, Eugênio Basile e sua mulher Márcia trabalham para mudar esse cenário e tirar o estigma de que mel é um produto para ser usado como remédio ou para consumo exclusivo no café da manhã. Produtor e maior distribuidor de méis nativos (de terroir) do Brasil, ele comanda a empresa MBEE, criada junto com sua mulher com a missão de trazer um novo posicionamento do mel no mercado brasileiro.


Querem ver o mel reconhecido como um ingrediente que, além de trazer prazer, está ligado à saúde e à sustentabilidade.


Durante o Pantanal Cozinha Brasil, que acontece dias 11 e 12, no Centro de Eventos do Pantanal, com oficinas práticas no Univag e Senac, ele faz a palestra “Mel de abelhas nativas e suas infinitas aplicações culinárias”, no dia 12, às 20 horas.


Membro do Slow Food Brasil, defende a bandeira dos produtos brasileiros e da preservação de nossas abelhas nativas. Por isso, apoia e incentiva a produção, distribui para os melhores e maiores chefs e restaurantes do Brasil.


Ela lamenta o fato do posicionamento do mel no mercado brasileiro ser muito ligado à saúde. “Pior que à saúde, ele é ligado a remédio, tanto que o mel é comprado nas farmácias. A gente gostaria que ele fosse muito mais ligado à saúde e temos um sonho de que passe a ser vendido nas pequenas lojas, no comércio, enfim, locais ligados à gastronomia e comida”.


O consumo de mel no Brasil é incrivelmente baixo, o consumo per capita é de cerca de 100g, 15 vezes menor do que o americano e 25 vezes menos do que o suíço. Segundo Eugênio, isso acontece porque o mel não é posicionado corretamente como um alimento e está muito mais ligado a remédio.


Para mudar esse cenário, ele e a mulher acreditam que o caminho para recuperar o consumo do mel passa primeiro pela alta gastronomia para, num segundo plano, popularizar e entrar na culinária cotidiana. “A gente vem fazendo um trabalho sério e grande, principalmente com os grandes chefs, num primeiro momento. Agora estamos fazendo um trabalho grande de divulgação através mesmo de restaurantes mostrando a beleza que pode ser a inclusão do mel na elaboração de pratos, não somente de sobremesa, não só para adoçar chá, mas em todas as etapas de uma refeição, incluindo os pratos salgados”.


Além de estimular o consumo, Eugênio e Márcia trabalham para difundir informações sobre os méis de abelhas nativas brasileiras. “Nós estamos trabalhando há cinco anos nesse projeto e era incrível a quantidade de chefs que nunca tinha ouvido falar de mel de abelha nativa ou que não utilizava mel em nenhuma etapa dos seus pratos, principalmente nos menus degustação, essas coisas mais sofisticadas. Hoje o que a gente vê é que eles compararam o projeto, na gastronomia nós estamos vivendo uma etapa de valorização do pequeno produtor, da brasilidade e o uso dos ingredientes brasileiros com técnicas internacionais”, destaca, lembrando que na última edição do prêmio Michelin, foi um orgulho enorme para eles ver que os 26 restaurantes que receberam prêmios estavam usando mel, coisa que há três anos era zero. “A gente acredita muito que esse é o caminho”.




O especialista explica que a grande diferença entre méis de abelhas nativas e das demais, é basicamente a fermentação. Os meles de abelhas nativas têm acidez muito elevada, bastante diferente do mel convencional, tem menos açúcar e são mais líquidos. Essa acidez e esses sabores diferentes os tornam muito mais gastronômicos do que o mel convencional.


“A gente entende que não há nenhum produto da natureza que interprete melhor o terroir do que o mel. Muito mais do que vinho, café, queijo, chocolate e tantas coisas que estão na moda. O mel tem o sabor do local onde ele é produzido, traz aquele local onde a abelha colheu o néctar, o pólen, transfere as características dele para o potinho”.


Ele destaca ainda que sendo o Brasil um dos países com o maior número de terroirs do mundo tem uma variedade de meles que é absolutamente impressionante.


Boa parte das atrações do Pantanal Cozinha Brasil é gratuita. Entre elas fun food park, feirinha, espaço dos expositores com degustações, Choco Mix.


O Pantanal Cozinha Brasil é uma realização de João Carlos Caldeira, tendo como correalizador o Univag. O evento conta com apoio institucional do Sebrae, Senac, Sesc e Sesc Pantanal, e patrocínio do Big Lar e Shopping Estação Cuiabá. A prefeitura de Cuiabá, Unimed, Multibar, Pão & Arte, Pork Premium e La Gelari apoiam o evento.


A Coxipó Assessoria de Imprensa e Rádio Cultura FM 90.7 fazem o apoio de mídia.


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